Lendo de passagem no Público Online, a fugir ao trabalho mas mantendo um ar atarefadíssimo, deparei-me com uma declaração do nosso ex-mas-ainda-Primeiro que é uma verdadeira pérola: "Um congresso extraordinário [do PSD] está fora de questão. Não há tempo e seria imoral".
Hã?
O não há tempo ainda vá que não vá... se bem que é discutível. Agora, imoral?? Porquê imoral? Porque podem os militantes ter um ataque de lucidez e correr com sua excelência da presidência do partido? Imoral no sentido de pornográfico (acabo de imaginar o Dias Loureiro nu... Yuck!)? Imoral porque vai contra as regras da catequese? Não lembra a ninguém, esta.
O mais correcto seria realmente um congresso que definisse de uma vez por todas quem os militantes - principalmente as bases - querem a dirigir o PSD, de modo ao partido não se apresentar coxo nas eleições de Fevereiro. Não que o PSD tenha a mais remota hipótese de ganhar as próximas eleições, mas para se poder apresentar de forma digna, minimizar a derrota e exercer uma oposição credível durante a legislatura.
Temos, portanto, mais uma afirmação do calibre do bébé na incubadora, dita de forma irrefectida, in the spur of the moment, como dizem os franceses. Queria isto ser primeiro-ministro.
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