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Parece que Marques Mendes anda a recolher apoios para se recandidatar à presidência do PSD.
A ideia que tenho de Marques Mendes, desde a sua passagem pelos governos de Cavaco Silva, é a de um político competente, eficaz, determinado e com um conjunto sério de ideias para o país. Creio ainda que tem as características necessárias para ser um bom líder, seja do partido ou do país.
De todos aqueles que se perfilaram, ou que foram conjecturados pela imprensa e outros analistas, creio ser o mais competente. Mais até que Manuela Ferreira Leite.

Mas o partido nunca o elegerá. Porque não tem carisma. Porque é baixinho (ao contrário de António Vitorino, que também é baixinho mas é carismático). Porque não é mediático. Porque diz aquilo que pensa, mesmo que isso não seja aquilo que os portugueses querem ouvir - e creio que ele o sabe. Porque afronta os instalados no partido.

É pena que o PSD venha a tomar uma atitude assim, como já fez no passado recente, porque o país necessita de alguém com a determinação de Marques Mendes na oposição - principalmente agora, com uma maioria absoluta rosa - com a sua experiência de líder de bancada parlamentar, e com uma ideia de que país deseja para o futuro.

Seria um risco enorme eleger alguém como Marques para a presidência do PSD porque, para o panorama político/mediático que temos, ele tem o visual e o discurso completamente errados. Mas seria talvez um dos melhores sinais que o partido poderia dar aos portugueses de que abandonou definitivamente a política-pipoca que tem vindo a praticar.