April 16, 2006

quo vadis, ecclesia...

Segundo o cardeal Francis Stafford, passar muitas horas a ver televisão, fazer buscas na Internet ou simplesmente ler o jornal são actividades consideradas pelo Vaticano como «novos pecados». Que é como quem diz, passar muito tempo a ler jornais, ver televisão e navegar na Internet diminui a fé cristã.

Como diria Stafford... "naturally". Se há fenómeno que a História demonstra, é que quanto mais informada for uma qualquer população, maior é o seu afastamento da Igreja. Quanto a mim há uma pequena subtileza: o afastamento é relativo à Igreja e não à fé, seja ela cristã ou outra.
Para a Igreja Católica, que não anda no negócio da religião há dois dias, sabe como será dramático se perder o seu público tradicional, europeu. A Igreja Católica é um fenómeno fundamentalmente europeu, espaço onde na realidade surgiu e se desenvolveu, e de onde partiu para o resto do mundo. Se desaparecer aqui, desaparece de todo. É portanto natural que tente, por todos os meios possíveis, restringir o acesso à informação e, simultaneamente, atrasar o mais possível a "sociedade da informação". Já o fez no passado e pretende continuar a fazê-lo no futuro. Provavelmente, se a Igreja tivesse levado a sua avante, o mundo ainda seria plano e repimpado no centro do universo, a mulher ainda deveria obediência ao homem, o homem branco (criado à imagem de deus) seria o único Homem, sendo as outras raças pouco mais que animais falantes, etc.

O conhecimento e a informação sempre foram inimigos das religiões, principalmente de uma religião centralizadora com tiques teocráticos como o catolicismo.

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