A União Europeia vai solicitar aos estados membros que coloquem nos maços de cigarros imagens chocantes como cadáveres ou seringas. Vai também solicitar que os vários estados sigam o exemplo da Irlanda e Suécia e proíbam o fumo em restaurantes, bares e nos locais de trabalho.
Bom.
Comecemos pelo princípio.
Eu fumo. Muito. Tenho consciência que sou uma besta quadrada em fazê-lo. Estou-me a tirar anos de vida só para ter o prazer de exalar fumo como um paquete e de ter um hálito semelhante ao de um dromedário.
Como qualquer fumador assumido, não é uma imagem de um pézito com uma etiqueta que me vai fazer parar de fumar. Ou de uma seringa. Tal como a mensagem "FUMAR MATA" impressa no maço de tabaco não o fez. Vai, concerteza, obrigar-me a comprar uma cigarreira. Ou um daqueles sobremaços que se vendem nos CTT (uma empresa que pertence à entidade que manda imprimir as mensagens nos maços... chama-se a isto ganhar dos dois lados).
Por outro lado, sou dono de uma empresa. Pequenina mas orgulhosa. Se o Estado tentar proibir o fumo no meu local de trabalho, vai ter uma surpresa fantástica (mais ou menos a mesma quando tenta que eu pague os impostos a horas).
Só deixarei de fumar quando me apetecer.
Quanto a proibições, só as acatarei quando o Estado deixar de ser hipócrita: deixe de receber impostos sobre o tabaco vendido, e encare o tabaco como uma droga, tal como faz com a heroína, proibindo por completo a sua comercialização.
Por agora, fumo onde me der na real gana, tentando incomodar o menos possível quem me rodeia. Tendo em conta que estou perfeitamente consciente daquilo que fumar provoca, e que não estou a fazer nada de ilegal ou sequer condenável pelo estado - que lucra com o tabaquito que eu inalo - continuarei a exercer o meu direito de livre escolha. Mesmo que seja completamente idiota ao fazê-lo. Mas se fôssemos sancionar todos os idiotas, metade da nossa classe política já estaria presa.
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